Confesso que tentei esconder-me
De forma nenhuma queria ser mais uma presa
Como muitas vozes já haviam me alertado
Do veneno sedutor
Daquele singelo olhar.
A última lua escondida nas montanhas
Sempre me fazia pensar em você
Era como se não existisse mais nada
Que fosse tão importante
Do que aquele olhar.
Mas como não há esperança para os mortais
Que vagueiam pela terra perdida
Eu não consegui me ocultar da armadilha
Que estava misteriosamente
Escondido naquele olhar.
Como um cego no caminho obscuro do abismo
Meus passos foram sorrateiramente traídos
Pela magia escondida nos olhos da deusa
Que guardava em sua face
A beleza daquele olhar.
E desde então tudo mudou na minha vida
Que não pode mais esquecer os encantos
A sensação maravilhosa que preenche o coração
E leva os pensamentos a imaginar
A beleza do seu olhar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense