Soneto da Meia Noite
Já é meia noite e começa a folia
é este o tudo, somente alegria
já está na borda da vasilha
o sêmen que rola pela face vazia
Sonoros são ventos que correm pela trilha
nela uivam ratos avivados pela melodia
alheia ao alarido a ficção é dicotomia
entre as feras o amor é desnudado e fervilha
Fervilha a sede pela dor e gozo infinito
dos opostos encontros corpóreos absorvidos
e os gemidos lascivos rompem a madrugada
Mas estalam frases soltas embaçando vidros
apurando os ouvidos para escapar dos castigos
enquanto jegas e grades rangem enferrujadas
Alexandre montalvan
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