Conta-me das tuas memórias
Podes pular segredos inconfessos
Conta-me uma estória
Onde ninguém morra no fim
Que faça do tempo, brinquedo
Que os meses se contem em horas
Conta-me que vencemos
Que o bem enfim superou o mal
Conta assim, só para variar
Conta-me alguma razão na guerra
Que a bandeira está no peito
Que é mais que um pano
Conta-me um romance
Em que o amor jamais acaba
Que os dias são só de flores
Mas que não sejam ceifadas
Conta-me do que não vejo
Enquanto ando pelas ruas
Cabisbaixo, sozinho a cismar