No promontório a se destacar
consagra-se a igrejinha branca
à Nossa Senhora de Copacabana,
a Sacopenapã, do bravio mar,
renasce Copacabana para orar.
De igrejinha a forte secular,
de areal à Princesinha do Mar,
se afoga em insana especulação
no mar da urbanização irregular.
Apesar do tsunami de concreto,
que descontrolado domina a orla,
o vai e vem no ritmo da marola,
nas areias e no calçadão liberto,
preserva a ironia e o ar burlesco.
Nada aplaca o espírito festeiro.
Do sagrado ao profano fim de ano,
em suas areias, cultua-se Iemanjá,
sob o Cristo Redentor, o ano inteiro.
"Viver é confrontar o caos no cotidiano,
evitando cair nas armadilhas da depressão."
Um pouco sobre o Rio:
A palavra Copacabana tem várias origens: na língua aimará o significado é “vista do lago”, na língua quíchua, falada pelos Incas, significa “lugar luminoso”. Na Bolívia, Copacabana é o nome de uma cidade localizada às margens do Lago Titicaca. Segundo a lenda, nesse local, Nossa Senhora teria aparecido para um pescador.
Imigrantes bolivianos trouxeram, para o Rio de Janeiro, uma réplica da imagem de Nossa Senhora de Copacabana e sobre um rochedo na praia Sacopenapã, que em Tupi significa “caminho de socós (ave aquática de pescoço longo)”, construíram uma capela em homenagem à santa.
A capela passou a denominar a praia e o bairro. Demolida em 1918, deu lugar ao atual Forte de Copacabana. Mais tarde a imagem foi realocada em uma nova capela próxima ao forte.
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