a alma nua
[maquilhada de ternura ]
regressa a esta casa
em ruinas
com a esperança
de ver nascer
a tal flor
nos destroços
de uma guerra
impura
traz a lágrima na cortina
de um sorriso
a beleza de amar
na retina das letras
contudo
o tempo surdo
não para de distanciar
a luz das estrelas
…e tudo se esquece
num parágrafo
…e tudo foge dos braços
…e tudo o silêncio sossega
nos atrasos
das horas
mas a tal flor
mostrará ao mundo
a beleza das suas folhas
sagrando por dentro
as raízes da sua dor
...e no fim de tudo.
o que vai sobejar
ao inverno e ao outono,
são as raízes e o tronco …