Resolvi escrever para ti
Sem ter o coração na boca,
Escutei cada palpitação
Cada verso que se solta,
Cada lágrima que o embala
Cada madrugada louca.
Ele palpitou mansamente
Serena como sempre fui,
Falou-me que tinha medo
Que a esperança já era pouca.
Que de tanto o ouvir bater
Cá fora já não existia outra,
Morreu agarrado a mim
Ficou preso à tua boca.