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BELCHIOR DE... IDÉIAS !

 
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De umas décadas para cá, o Ser Humano tem sido inadimplente no cumprimento de seus contratos, firmados com a Vida e a Felicidade, numa miscelânea de atitudes desregradas e inconseqüentes, em prol do que Ele ache de bom alvitre em seu único interesse, desde que lhe renda os lucros e vantagens pretendidas, entretanto, muitas das vezes, trás consigo um depósito, tipo Belchior, onde armazenam, a sete chaves, as circunstâncias e os eventos do seu dia-a-dia, aos quais, considera como velhos e imprestáveis aos fins que pretende.

Nos meus setenta anos sobrevividos dos meus erros e acertos, sempre me baseando na maturidade observativa e... Seguida! Além do empirismo moldado ao meu desenvolvimento pouco didático, aprendi e, apreendi muitas coisas a respeito desse Depósito de objetos relegados ou, mesmo, esquecidas totalmente, pelos meus irmãos de jornada, em cabotagem contínua pelos meandros da minha (e, deles!) existência.

Elenco, a seguir, O depósito nos belchiores da humanidade, o fazendo, resumidamente, em razão de sua grande dimensão nas mentes defectivas, a saber:

< Amor! Sem amar! Só se baseando em interesses financeiros e, outros!
< Abafar os bons sentimentos, sem deixá-los expandir ao seu derredor!
< Abandonar, desamparando, os carentes e necessitados!
< Bisbilhotar a vida alheia, por motivos fúteis, porém, homiziando a sua em seu âmago!
< Comungar com as más ações, suas ou de outrem, resguardando-as consigo!
< Dominar os seus sentimentos, não dando vazão aos seus sorrisos e afetos a ninguém!
< Esmiuçar a vida alheia sem dar resultante dos bons atos dos outros, que tenha conhecimento!
< Fingir-se prestativo, todavia, sempre negando ajuda aos outros!
< Guardar a verdade e divulgar a mentira prejudicial!
< Humilhar-se intimamente e, difundir orgulho e bazófia!
< Irritar-se constantemente, fingindo-se, em seguida, de cordato!
< Julgar-se todo poderoso e sapiente, embora não se apresente tão capaz!
< Lamuriar-se consigo mesmo, mas, apresentar-se em público como um Ser completo e orientador!
< Mancomunar com o Mal e mostrar-se benigno!
< Naufragar-se na incompetência aparentando-se um sábio!
< Optar pelo malefício o difundindo como benfazejo!
< Projetar prestabilidade e difundir exploração de outrem!
< Quedar-se em ajudar aos outros, mas, demonstrar-se como incapaz para tal!
< Resguarda-se da ajuda, negando-se saber como fazê-la!
< Simular deficiências para não se oferecer para dirimir problemas dos seus irmãos de jornada!
< Tender-se, sempre, para o lado Mau, aparecendo-se como bondoso!
< Ufanar de perfeito sem sê-lo!
< Vangloriar-se das vitórias sem dividi-las com os que o ajudaram!
< Xingar, mentalmente, a todos, mas, mostrar-se, sempre, solidário e elogioso com a pessoa em foco!
< Zangar-se, internamente, com quem discorde de si, porém, transmitindo aceitação!

A continuar, teria que ter uma passarela enorme de papeis e, tempo disponível para continuar, além de massacrar, com letras, os meus minguados leitores, assim, prefiro parar por aqui, todavia, dando um modesto conselho aos meus leitores:

Na calada da noite, em repouso, dê uma mirada em seu subconsciente e, pesque do seu âmago e do Belchior, coisas que consideres, à primeira observação mental, como depositada por desuso e desinteresse, dando a Elas outra roupagem de observação e, as oferecendo a Luz e o conhecimento aos demais!

Verás que... Lá! Encontram-se muitas circunstâncias estáveis que, até então, às consideravas como inconstantes ou volúveis, que poderão ajudar aos seus irmãos de jornada pelos caminhos da vida à procura do caís da perfeição ou, da boa convivência fraterna.

Sebastião Antônio BARACHO.
conanbaracho@uol.com.br

 
Autor
S.A.Baracho
 
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