Cerveja na mão!
Ali com a cerveja na mão
Muitos espíritos de plantão
Tudo em comemoração
Entre ele e a multidão.
O líquido em consumação
Festa do obsessor, que dá a mão!
Pensam estar felizes
Em meio à situação.
O desejo da carne arde
Vem até agressão covarde
O ébrio sem pensar
Parte um monte de coração.
Ele vem junto da festa
A filinha que não presta
Com o lamento que lhe resta
Sem fé nem compaixão.
Gritos na madrugada
Desavença desenfreada
Num estalo sofre a enteada
Choro e dor, sem perdão.
No outro dia acorda
Sem perspectiva entorta
A cabeça vira horda
Lamento e reflexão.
A tarde chega, para o sem noção
Castigo e espúrios
Vem com a cerveja na mão
Nessa odisseia interminável
De um bêbado que perde a razão!
Marcelo de Oliveira Souza,IwA