Poemas : 

O sibilar da utopia

 
Tento sacudir os galhos que me prendem
Às inocências
Dos sentires,

Na incompreensão
De um tempo
Cada vez mais indiferente
E frio,

que se agarra às nuvens
Como se fossem almadraques translúcidos.

Com o olhar preso
ao sul
agarro a claridade
do sol
que me acorda a primavera
de olhos fechados,
por onde encontro os sentires

e os alvedrios
dum tempo novo.

Presa à janela
Enrosco-me nas asas
Magoadas,
Por um voo poético,
Esperando
O sibilar


Da utopia

 
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