Vejo os ventos estufando bandeiras execráveis
a rebelião é doce na tomada das ruas
nos devaneios,
a causa da desordem é que o novo verbo celeste
sai do sonho e caminha na poeira,
sei disso porque ouço os viajantes da noite
relatando as quedas
Conquistada a manhã
a cama tornou-se irreal,
e os poucos anjos preservados impunes
recolhem confissões dos amores imperdoáveis
despidos na aflitiva chegada
das manchas sonoras na lua
quando tudo enfim é uma gota gigante
do transparente mel escorrendo da colher marinha
quando tudo enfim é um trago antes da hora
antes de você antes de revelado o segredo
O vandalismo das viúvas
putri'vulvas
é um rock horror sertanejo
estátuas guerrilheiras de sobejo
sangram agruras heavy-esdrúxulas
aonde a revanche perdura
para que a nova elite surja da face lavada das rebeldias válidas
Eu sigo matuto sem regras
sonhando pântanos
aonde elementais dominam a noite
sei dos presságios
porque o crime vem do porão de Babel,
sei de mim porque só é definitivo o esculacho