mente quem acredita nas conveniências
e nas traduções enfeitadas do caos
mente quem embarca na festança louca
das carreiras e do sucesso empresarial
porque a lição de casa é saber
que a bruxa é o lado certo
e nunca a adormecida truqueira
e que os cabelos quando eram longos
livravam o homem de ser capacho e rasteiro,
e nunca o sorriso foi mais do que a carta
na manga no jogo com o espelho
e o porre o último estágio da certeza
quando apenas faisões sentem a torre dos átomos
desmanchar tocada pelo ancião descobrindo
o que perdeu: você não veio
porque a neblina era de outra cor
porque há nudez e nunca o cio
foi tão manifestado, porque é negócio
e nunca a ilusão comunitária apresentou
tanta manipulação, porque manda
quem pendura no próximo
a estrela da autoridade,
sonha quem extrai da planta
arquivos de quando o Éden era aqui
porque hoje no teatro das megalomanias absolutas
só é poeta verdadeiramente aquele
que atinge o estágio do homicida
aonde o conto de fadas é o macabro da atitude sutil
destroçada a noite embaixo dos viadutos
amontoados de estrelas apagadas a mil