Era das coisas lá do Céu mexer na forma da certeza
Era das coisas da Saudade saber da curva da despedida solitária
Era da aspereza sem cabimento ouvir receios quando na alma
o saber é o veio
Nunca é tão forte quando deduzir, a lógica é obscura malgrado viver
É como procurar o sentido em bares e perversões
a verdade nada tem de escândalo ou cruel
Era estranho mas na matéria sucumbe o Amor,
como esperar na bondade algum tipo de solução se aquele que pratica sacrifício merece além do escárnio ironia e afastamento,
quando o viaduto dissolve a cor do grafite,
choram anjos os mautratos do Amor
cuja magnitude é cuspida na cara vencido o pudor
É claro que o silêncio e o recolhimento são a mentira
de quem faz do estar só o corte mortal da adaga
e se o epitáfio é traçado vermelho o motivo é a dor que não apaga
aonde a ira é vinda sem o compromisso da permanência exata,
a lágrima bebida como o vinho servido na taberna fantasma
aonde o violão despeja os sonhos perdidos na inútil balada