Percorro em dedos um só desejo
Que traga as mãos cheias de tabus
Na mente apenas uma imagem
O olhar nu que incansável revejo
A contemplar os corpos ainda crus
Colados assim em sensual miragem
Os beijos que se contorcem nos lábios
Desejam-se entre si silenciosos
Baloiçando nos suaves actos sexuais
Das velhas lições dos gastos alfarrábios
Pormenores simples e deliciosos
Maiores que breves desejos carnais
À cópula desdobrada em sensações
De longos arrepios e suores frios
E que quebra o silêncio num gemido
Chamam-lhe agora amor e paixões
Cegueira feita de constantes desafios
Uma vida inteira de desejo perdido
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma