Tal como uma pluma levada pelo vento
A felicidade de alguém se desfaz
No amanhecer de um novo dia
Nem mesmo as boas lembranças da noite
Onde reinou as carícias de um louco amor
Pode descrever tão singela melodia.
Felicidade que termina
Como a alegria do carnaval
Na quarta-feira de cinzas
As lembranças de risos desconhecidos
Alegria tão passageira
Como as nuvens nas tardes de verão.
Tudo não passa de um sonho irreal
De uma louca vontade na vida
Que apaga da memória os sonhos
Um desejo tão incontido
No secreto de uma alma sonhadora
Na busca de uma tal felicidade.
Tristeza não tem fim
E nem hora marcada para chegar
Enquanto a felicidade sim
Ela se vai como a escuridão da manhã
Ao sair do sol imponente
No coração que fica a sonhar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense