A Morte em Soneto
A morte é uma treta do caralho
Vida some dos olhos em passe de mágica
Ver é pior que mascar pimenta com alho
Pois a morte é uma realidade trágica
No entorno devir a morte vive
Mar de chamas que me traz os loucos
Descendo ladeiras por longos declives
Como se viver junto a morte fosse pouco
No antro perdido não há lugar para fracos
Na pupila da sombra revelam-se tons opacos
O estertor é feito de uivos de lobos
Quando a morte prevalece sobre a vida
A cobrança vem e é feita em dobro
Pois a morte é a única paga devida
Alexandre Montalvan
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