As horas são lentas, devagar...
O ócio é um obstáculo que enfrento,
Às vezes até tento matar o tempo,
Mas ele é imortal e vai me dissipar...
O tempo é implacável, cobarde...
Segue em linha reta rumo ao futuro
Deixando para trás o passado impuro
E um presente hipócrita que tudo fere e me invade...
No silêncio taciturno das tempestades
Os ventos que semeiam as novidades
São tragados pelo tempo que tudo torna velho...
No futuro que um dia será passado
O tempo dar-me-á por singelo regalo
Açoites que adormecem insondáveis mistérios!
Poema publicado em meu livro
SEARA DE RITMOS, Paco Editorial,
São Paulo, 1ª. Edição, 2011.