A moça desperta aos poucos
Seus olhos semiabertos
Demoram em se acostumar
Com a luz do sol que entra pela janela
Desvia o olhar e cobre a cabeça
Com o cobertor de lã fina
Sorri e procura com a mão
O corpo que estava ao seu lado
E já não está, ouve um ruído
Com as pernas joga o cobertor para o lado
Deixam a mostra suas ancas nuas
Tem uma música que vem de fora
São os pardais que brincam na cumeeira
É cheiro de ovo, queijo derretido, café
O corpo ainda pede descanso
Foi uma noite e tanto de amor...
Edmilson Naves