Há um sublime em cada canto
Um sagrado que é profanado
E o profano é consagrado aos deuses da imaginação
De sacerdotes
Pitonisas
Sábios e entendidos nas artes da ilusão
Sacrilégios
Agouros de mentes perturbadas
Observadores das estrelas
Na busca incessante de respostas
Que não sabem as perguntas.
Onde estão os sábios deste mundo?
Os videntes de uma tragédia anunciada
Se o rio vai secar
A chuva não virá
E o fogo queimará continuamente
Confunda sua mente
No desespero dessa calamidade
Que acontece na cidade
Onde todos andam agitados
Ninguém está mais preocupado
Com os que já não conseguem dormir.
Olhos arregalados
Sonhos alquebrados
Dessas pessoas esquecidas
Nas lembranças que foram apagadas pelo tempo.
Vá dormir e esqueça tudo isso
Se não existe mais uma solução
Para os problemas deste mundo
Por que se preocupar em acordar amanhã?
Poema: Odair José, Poeta Cacerense