sobre o monte vejo nuvens cinzentas
na vegetação folhas ondeiam ao vento
e algumas vagueiam pelas pedras poeirentas
talvez em liberdade, talvez em tormento
No meu corpo marcas dos sessenta
e na mente ondas d'esperança e lamento
só, vagueio pela ruelas em camara lenta
a reviver bons momentos, a viver o tormento
O mundo sou eu, não há alguém fora
só no peito encontro gente
só a alma sente
o que senti outrora
Não sou poeta mas, quem sabe, um dia escreverei
um texto que (pela persistência e sorte) possa ser lido como poema