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Rogério Beça | Publicado: 21/08/2021 13:07 Atualizado: 28/08/2021 09:06 |
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Re: Larga as certezas
Passa pra cá isso.
Sempre não faz parte das certezas. Dum ponto de vista estritamente filosófico, a vida pessoal de cada um, é os limites de tudo (adoro escrever mal). Isto é, o nascer da Esqueci até à morte da Esqueci é a contagem de todo o tempo possível. Tudo o resto é imaginário. Sempre é o tempo de Esqueci, com o tempo antes de Esqueci e o tempo após Esqueci. Mas o tempo após, sem Esqueci, para Esqueci é apenas uma hipótese. As certezas são durante Esqueci. Logo o agora é um outro embrulho adocicado (não gosto de veneno). Acabou de passar. Acho o gerúndio um tempo verbal excelente. Eu não vivo. Vivendo é o que faço. A "...avareza dos sentires..." é de uma beleza arrepiante, e os cais (a não ser os das quedas na segunda pessoa do presente do indicativo), como (lo)cais de segurança perene, em que pouco mais se faz do que esperar, em vez de agir, pouco se espera. Dividir algo tão frágil como a tristeza é de suma importância. E o cristal, como metáfora, dá uma boa ideia dessa fragilidade. Um poema muito, muito largo, que dificilmente se larga, apesar do título o sugerir... Abraço irmã |