Esta é uma história como todas as outras,
porque estas começam, são e terminam sempre assim.
Onde frases são proferidas, gestos são feitos e
Sentimentos são sentidos.
Mas depois dúvidas surgem,
desconfianças assustam
e a sombra persegue-nos.
É bom ter o sol de frente,
porque a sombra fica para trás.
Quando voltamos costas ao sol,
a sombra ilumina-nos o caminho.
E a sombra não tem luz, só escuridão.
No início, há uma verdade.
O sol entrou. Tudo ilumina.
Fechamos os olhos e sentimos o calor.
Há esperança.
Frases são proferidas.
Gestos são feitos.
A balança interna pesa tudo.
A balança interna dá ordens ao coração.
Sentimentos são sentidos.
Sonhos futuros são trocados.
Mágoas do passado são partilhadas.
O presente é bom.
O dia dum, é o dia do outro.
Um bom dia carinhoso.
Um boa noite afetuoso.
No meio? Está a virtude.
No meio, abriste os olhos.
Esses que estavam fechados, em paz.
Espreitaste e espreitar é duvidar,
e duvidar é esquecer.
A luz do sol já não te aquece, incomoda.
Frases são proferidas.
Gestos são feitos.
Sentimentos são sentidos.
A verdade começa a divergir.
Há a tua, a minha,
E a outra, sempre igual a si mesma.
O teu bom dia é menos sincero.
O teu boa noite soa a alívio.
Mas as tuas frases estão agora entaladas.
Os teus gestos presos,
e os sentimentos, em conflito.
No fim, encontraste coragem.
O passado assombrou-te.
O futuro encolheu-se.
O presente é. É a tua verdade.
E a minha? E a outra?
A batalha das verdades é fútil.
Quem manda, é o coração.
O cérebro persiste, inútil.
Assistindo em frustração.
Aceita, que dói menos.
Mentiroso, quem o diz.
Aceitar não é esquecer.
É caminhar em terrenos,
C’a tua verdade assim quis,
Até o passado se dissolver.
desabafos presentes ou do passado de @letras.a.solta