Sou a mesma alma errante que noutra noite quis falar de amor
Sou aquele em eterna busca do que possa aplacar estas dores
Guardo em mim a voz de quem já se foi para nunca mais voltar
Mas que me adverte a não desistir, olvidar essa ideia torturante
Esse desejo louco de estar lá novamente e burlar meu destino
Nas minhas orações lamento tua ausência, não te ver outra vez
De ter a voz a encontrar o vazio, todas vezes que me dirijo a ti
Sou, nesta solidão, a mesma alma errante que queria teu calor
Sou aquele que não esquece teu olhar ou teu cheiro de jasmim
Devo admitir que ainda vive em mim a emoção de te fazer amor
E que até ecoa em meus ouvidos o turbilhão que foi nossa vida
Mais veloz que o asfalto sob as rodas, plena de emoções também
Porque tu te foste sem me esperar, saíste pela porta sem avisar
Deixando-me a sofrer por um amor que nunca terminou, enfim
Sou a mesma alma errante, ébria, ainda em busca de teus braços
Sigo por tortos caminhos até que esta história um dia tenha fim