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Nem tudo que se Quer

 
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Nem tudo que se quer é certo
noite não será dia enquanto se dorme
nem tampouco o amor comporta
algo que o deforme.

De todas as loucuras de um homem
o amor é o desafio e a fome
porque no seu peito ecoa
toda a sua Inquietude
e no coração
a magoa é um rio
mais profundo que doce
mais quente que frio

Mas não se anda lado a lado
sob as nuvens densas e brancas
e a poeira some
nas aguas de uma cachoeira
oriundas de um lago
e por isto eu imploro
que o amor possa mais que existir

Nas asas das aves raras
pluriformes
que voam sobre as tormentas
o nada não se assenta
e fazem um homem sonhar

Logo voa gaivota
em formas sensuais e altivas
e rompe o elo das correntes
e a teia que a aranha
tece e envolve
a vida

Enquanto a tua mão faz dissolver a
minha lucidez
nestas palavras disformes
o amor decorre em todo o seu revés
na profundes desta distancia
Faz arrepiar todos os meus pelos
mares de emoções em fragrante degelo
Apurado pela força da cognitiva dissonância

Alexandre Montalvan



 
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montalvan
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