Quando uma estrela é um cometa

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As vezes a aparência esconde a fragilidade do coração.

o seu poema... vejo que andaste a ler a blitz. mas isto é algum poema! foram pessoas como você que a mataram. invejosos de merda.

devo dizer que quando a vi, ainda só tinha gravado o primeiro album, e todos ao meu redor criticavam... ou era pelo cu, ou pelas calças, ou pelo cabelo, ou... eu estava a ouvir aquela voz e a pensar, esta miúda vai partir tudo, aquela voz era... a expressão com que entoava aquelas canções... toda ela era de uma humanidade e talento... não há palavras no mundo para adjetivar a grandiosidade daquela menina. efémera! há algum problema na efemeridade das coisas? ok, você vai ficar no mundo para a semente, não come não bebe não caga, não faça nada, arranje uma desculpa para não viver e viva morto a morte toda que assim vai durar para sempre. pois, foi o mundo de merda que os homens, que as sanguessugas fizeram que a matou. o mundo nunca verá muitas amys porque o talento da amy não está ao alcance de qualquer um, mas em vez de criticar o cu, ou as calças, ou o caralho, reconheça-se a genialidade daquela voz, daquela expressão tão humana, de uma menina, frágil sim, porque não, ela era uma pessoa não era um foguetão, mas era um doce forte, muito forte também. há algum problema em ser-se humano! tendes vergonha de tudo caralho, até de existir e então matais, passais a vida arranjar desculpas e a matar tal é a mesquinhez que vos corre no sangue. também querias um bocadinho da fama... ide pau caralho, aprendei a ser gente. olhe, o mundo ficou muito mais pobre e menos humano com a sua partida mas ficou muito mais rico do ponto de vista humano com a obra que nos deixou. ela era maravilhosa mesmo. já tu com esse penteado... pareces quase a tona choca. aprende a escrever caralho


Amy; nenhuma esmeralda surge
Quando o lobo contempla a sua casa
Como uma criança ante o abismo

À noite sempre que o vinho não chega
Um lobo na sua loucura apressa o voo

Para um pássaro perdido do bando
Onde vai, o ínfimo oiro marchante
Da sua alma no mundo não cabe

E ele corre corre foge

Alberto Moreira Ferreira