A noite sopra devagarinho na varanda
Ao longe a lua está calma,
E a noite clara como as ideias.
No passeio passos desconhecidos,
Um carro que passa
E uma falácia.
Apenas sou o momento
Olhando o amarelado dos candeeiros
Que me fazem pensar.
O vazio,
É um grito
Pontiagudo
Que aprofunda a dor.
Nesta paisagem tardia de solidão
Que me chama à vida.
A água é o tempo que corre
Sem se fazer chegar.
Ao longe ainda escuto as últimas sílabas que desgastam,
As quais ainda magoam e ecoam sobre a palavra acreditar.
E o mar no olhar.