Um dia descobri,
Quase sem querer
Que minha mão direita;
A que faz tudo direito
Não é a que chamamos destra
É a outra... a canhota
Chamada por uns
De canhestra.
Houve um tempo
Que pouco lembro
Tentei fazer
Da mão direita...a direita
Não deu...
A direita, a minha
É estranha...canhestra
A canhota, que é canhestra (para uns)
É minha destra...sem ser assim...destra.
Meu amigo
Um moço direito
Direito e bonito,
Ri e... gosto do riso
Canhoto e maroto
Desse meu amigo,
Desse meu jeito
Canhoto de ser.
Sou assim...
Escrevo do outro lado,
Escovo cabelos
Sempre para o lado do sol.
Prefiro os pontos cardeais e abomino
Os fatos surreais.
Prefiro o meu amigo
Distante e confuso
(Ele confunde sensações)
Aos que cercam e...cerceiam
Os movimentos... os sonhos.
Sou assim... Sou eu
Minha amiga M..I, é canhota.
Pensei nela "escrevendo" assim.
Dela para mim.