Sentiu o frio da solidão na madrugada fria
O medo de estar sozinho com seus pensamentos
E sabia que não poderia fazer mais nada
Que amenizasse a sua desilusão tão profunda
O coração parecia não querer obedecer
A voz silenciosa da sua razão sempre tão alerta
De que a ilusão dos amores secretos acontecem
Quando não se espera mais nada do futuro.
Do fundo da alma podia sentir a ausência
De um amor que sempre estivera em seus pensamentos
O olhar que o havia enfeitiçado não mais existia
E nem o sorriso tão sedutor envolto em mistérios
Poderia agora trazer sua felicidade de volta.
Uma linha tênue havia sido ultrapassada
O limite entre a dor e a razão que causa estranheza
Entre o sonho e a realidade encontrava-se perdido
Sem saber qual era o melhor caminho a seguir.
Em silêncio deixou se cair sobre o chão frio
Enquanto fechava os olhos para toda essa solidão
O vazio que sentia na alma era atroz
Como um barco solitário no meio do oceano
Podia ouvir o som do vento lá fora
E sentir o frio da solidão em sua alma vazia
Deixar-se-ia ser levado pela morte cruel
De um amor que nunca deveria ter sentido no coração.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense