Sangue que tinge uma nota de duzentos
Derramam-se vidas em altares por dinheiro
Fenômeno rotineiro,mais óbvio que a própria realidade
Criticada por filósofos e sábios desde os tempos da antiguidade
Não existem mocinhos, pois todos são vilões
Tudo se resume a interesses e poder
Habilidosos desde os cabelos até o brilho dos sapatos
Palavras que incendeiam os corações
Dos mais fracos, desesperados
Iludidos idólatras a espera de um redentor
A endeusar qualquer aproveitador
Nos fazem derramar lágrimas
Apenas para nos venderem lenços
Do caos tiram o seu sustento
Assim o foi, e assim o sempre será
Não há esperança para este lugar
Olhemos a história, das guerras somos filhos
Um morre, o outro mata e outro manda matar
Pintadas são as terras de sangue, e por lágrimas são regadas
Um povo destrói o outro, o assimila, o escraviza
E não para até que contados estejam os seus dias
Inevitável humanidade, hipócrita humanidade
Tem orgasmos diante da crueldade
Triste humanidade, quebrada humanidade
Morrerá pela espada da própria vaidade