.
.
.
quero ter o seu abraço amigo
num tanto que tanto me falta,
somente um, teu, com afeto
qual esta canção de abraçar,
que sei; vem de destino certo.
com a conivência do poema,
exatamente neste instante ,
portanto em pleno voo;
eis que o abraço acontece...
voamos às terras distantes,
o olhar eternizando existências...
e lá, quiçá, há felicidade,
nem que seja ‘faz de contas’
como é na nossa poesia,
que cega as más lembranças
e risca as palavras más,
sopra as nuvens sujas,
no lugar; brisa alba e fresca
quais as manhãs perfumadas.
ah! vida bela, doce utopia,
têm janelas azuis abertas
que o vento do sul trespassa
as mechas dos teus cabelos,
e faz tuas asas flanarem
num abraço qual leve pouso.