Sonetos : 

O IMPÉRIO DOS SENTIDOS

 
Molha-me o ânimus em total defloração
Que meu ser desliza em tua doutrina
Na palidez voraz da imensidão
Jorram lágrimas das minhas retinas...

E no apogeu do ar em fino âmbar
Dou-te de mim, todos os sentidos..
Na robustez do olhar, quando declamas
As partituras dos meus instintos...

E sacio o olhar que vem de mim!
Numa atitude instintiva...
E quedado em transe, tu me tocas;

Apenas com o sentido em resposta
Logo, imagino o que me guia...
Tua boca, teu cheiro e teu suor sem fim!

(Ledalge, O Império dos Sentidos)



"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 26/04/2008 21:34  Atualizado: 26/04/2008 21:34
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 Re: O IMPÉRIO DOS SENTIDOS
Linda poesia!Uma das melhores que li hoje entre dezenas!Aplausos.

Enviado por Tópico
FredericoSalvo
Publicado: 26/04/2008 22:00  Atualizado: 26/04/2008 22:00
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 Re: O IMPÉRIO DOS SENTIDOS
Sensibilidade à flor-da-pele. Lindo soneto, Ledalge.
Parabéns!
Fred.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/04/2008 02:16  Atualizado: 27/04/2008 02:16
 Re: O IMPÉRIO DOS SENTIDOS
Núria,
Com sensualidade e suavidade fizeste em bela composição nos quatorze versos.Um soneto com tua marca.
Bjins, Betha.