Eis-me aqui em frente a tela
do mesmo bom e velho computador
brigando com as teclas
teimando na tentativa de escrever
algo com nexo... com senso.
Busco na mente imagens
lembranças de Angela
o meu amor maior e primeiro.
E elas, as imagens e lembranças
sem um traço de solidariedade
desatam os nós e me mostram
que passou da hora de abrir
as portas e janelas e lavar a casa.
As palavras escorrem pelos vãos dos dedos
isso, me mostra que Angela morreu
em mim morreu e eu ... besta que sou
vivo das lembranças insepultas
com as imagens difusas
e um gosto acre de quero mais
só um pouco mais dela.
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