o relento
desacompanhado
o palco imperfeito
para os ecos
de um amor
desfeito
[ o peito tabuado
ainda aguenta as vagas
desse mar ]
a tristeza
pressiona
a areia
dos passos
a lágrima
pare
a saudade
do fugido
olhar
e queremos
cortar o vento
pisando
a espuma
e queremos
encontrar
um sentindo
seguindo sem sentindo
um salobro caminho
ao longo dos azuis
molhados
somos
travados
pelo cansaço
menos pesados
regressamos
seguindo
as marcas
de um novíssimo passado
retornamos
depois desse
confronto
de mágoas
[despregadas ]
com o oceano
nos ombros
por passar
“Acredito que o céu pode ser realidade, mas levarei flores para o pai - Erotides ”