. . . quando encontro-me menino, solitário com meus pensamentos, vejo-te ainda; quando atravessavas o portão principal e caminhavas pela alameda em minha direção.
ficava ansioso por uma palavra tua, uma resposta ao poema que eu fizera na noite anterior. escrito as escondidas, à lápis numa folha pautada de caderno.
passavas escondendo o sorriso... sorriso que pensava eu, ser um sim. como sempre; a dúvida como resposta...
antes que sumisses entre os arbustos coloridos dos hibiscos, e, os perfumados manacás e jasmins, mudo; meu olhar te acompanhava embriagado pelo perfume que deixavas pelo caminho, olor das flores que começara o bailado da primavera.
aquele era meu sublime momento, quando as sombras das árvores do parque eram cortadas pelos raios do sol da tarde, iluminavam teus pés descalços, e meus olhos brilhavam de ânsias no teu andar sobre chão com rochas de mica, passos cintilantes, luzinhas vivas ofuscando o meu olhar juvenil,
olhar que eu achava ter perdido quando penso hoje. parece que foi ontem; que eu sonhara que me beijaste.
eu que menti beijá-la tantas vezes às vezes ainda gosto de mentir para mim é assim que sorrio.
amanhã estarei aqui, esperando-te; sentado neste mesmo banco de jardim onde há sombra e os raios de sol também esperam você passar, para ver teus passos que brilham.
enquanto isso, preferencialmente, escrevi um poema de amor.
A nostalgia que segue, através dos seus passos pelo arbítrio dessas palavras suas, é ainda, um reencontro da poesia afixada de só, meu amigo e mestre (que agora eu sei).
Alex...qualquer dia, com minha saúde restabelecida, me permitirei viajar; e este seu longevo amigo provocará um encontro para dar-lhe aquele abraço caRIOca, beber uns tragos, sorrir, dizer e laçar algumas poesias deambuladas ao derredor! Saiba da minha admiração também!