A terra húmida sob os pés
Vida que passa descalça
Por ser tão livre como criança
Ou arvore de fruto
Ou erva daninha
Faço a minha casa nos teus olhos
Uma espécie de amor
Que trago à noite
Com jardins e com vento
Para dormirmos bem
Sobre a vida
Falo te amanhã
Vamos dormir agora
Abraçados a esta filosofia
Imperfeita como os homens
Para sempre a vida
Talvez um ciclo
Esqueci uma religião que falava disso
Sintonia e equilíbrio
Para sempre, acredita
Quando partir ficarei ao teu lado
E levo-te comigo
No aroma de uma essência
Tão básica e natural
Que não existe
Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa.