Ao caminhar e sentir-se sozinho no caminho
Acreditava em todas as palavras que um dia ouvira
Promessas de um amor eterno
Apesar de saber que nada pode ser eterno nesta vida
Tudo se vai como a brisa da manhã
Como o vento que leva as folhas secas das árvores.
Sempre quis acreditar que pudesse ser feliz
Que pudesse viver o amor dos contos de fadas
Mas, no fundo da alma, sabia que isso só acontece nas histórias
Nas cantigas de ninar lidas antes de pegar no sono.
A vida real é mais perturbadora do que qualquer possa imaginar
E os monstros sempre estão escondidos no escuro
No sombrio do silêncio mais tenebroso.
Amar não é uma tarefa fácil neste mundo egoísta
Onde o coração não tem o domínio sobre suas emoções
E nem os olhos conseguem desviar dos perigos.
Há de se viver o hoje como se fosse o último dia
De um amor que só existiu nos sonhos mais íntimos
De quem viu o olhar promissor
Em uma tarde distante de um verão qualquer.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense