Sozinho a pensar em minha solidão
Envolto em nuvens de incertezas faço as perguntas ao tempo
Retendo em mim as lembranças de olhares e da beleza que neles via
O tempo que me resta de esperança.
Disseram-me que não adianta mais
Que nunca mais verei o seu lindo sorriso e nem ouvirei a sua voz
Que você é parte de um passado que existiu na minha memória
E que eu deveria esquecer de uma vez por todas.
Mas, quem pode ditar as regras do coração?
Quem tem o destino de uma pessoa em suas mãos?
Ninguém no mundo tem o direito de pedir tal coisa
E nem o controle do que sente um coração ferido pelo tempo.
Minhas lágrimas podem até não fazer sentidos
Podem até mesmo ser uma calamidade sem fundamento
Mas, elas são as asas que me fazem voar para longe
Que me transportam para além do horizonte.
Escrevo-te estas mal traçadas linhas
Para externar o sentimento do meu coração
Na esperança de que você possa ouvir o sussurrar do vento
Falando baixinho em seus ouvidos a mensagem que tenho pra você.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense