E quando você se foi, eu corri. Corri para fechar as portas e janelas. Desesperado para evitar que o vento levasse seu aroma.
Eu selei todas as entradas e brechas desse quarto. As selei para que a luz não entre. As selei para que a sanidade não traga verdade.
E quando a escuridão toma de conta desse cômodo, o medo a acompanha. Novamente eu corro, corro para debaixo dos lençóis de ilusões e abraço-te até que nos tornemos um. Abraço-te até que o bater dos corações ecoem nas paredes desta caverna. Te seguro até que se torne verdadeira, até que se torne realidade ou que eu seja irreal.