De escrever nada entendo,
O que escrevo é pura alusão,
Comecei a escrever quando olhei para ti,...
e aqui estou eu sem saber a razão.
O teu rosto
É a minha criatividade,
Nele vi as estrelas,
E a lua a me beijar
Vi nas ondas dos teus cabelos
A maresia e o nadar.
Nas tuas mãos descobri as sensações
No teu corpo o meu despertar.
Perdi-me em deslumbramentos
Inventei tantos momentos
Sem os conseguir desenhar.
Nos teus passos a leveza
Que me deixou a chorar.
Não sei se escrevo a tristeza,
A alegria, a fantasia ou o amar.
Vá para norte
Ou vá para sul
Encontre eu
O que encontrar
Gosto de tudo o que é teu.
Volto sempre
(por te amar)
A te sonhar.
Guarda em ti este poema
Penses tu o que pensares,
Sinto em mim o teu dilema
Não te quero ver a chorar.
Sou a fuga do sistema
Aquela que pouco sabe falar,
Mas sei sentir o poema
E a morte se a encontrar.
Se me odeias
Tenho pena,
Pois por mais
que a raiva aqui me entre
Nunca te vou conseguir
Odiar,
És o verbo do poema
Que nasceu para me inspirar.
Canto lírico do meu respirar