Só olhar não adiantou
Precisava de algo mais
Que não poderia encontrar em outro lugar
Que não fosse no coração
Sentia o vazio da existência
Nem lembrava dos pesadelos
Que insistia em atormentá-lo na escuridão
No que chamavam de solidão
Havia uma esperança quem sabe
De um dia voltar a sorrir
Mas, ninguém acreditava nisso
Nem mesmo o seu sentimento
Bateu na janela um vento
Ouviu um sussurro vagaroso
Um arrepio pelo corpo inteiro
O que sentiu era verdadeiro
E não poderia viver sempre sofrendo assim
Uma fagulha brilhou na alma
Um leve sorriso no rosto
Ao ver sua imagem de relance
Quando lia aquele romance
Do amor que um dia sentiu no profundo coração.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense