Lá fora a chuva está caindo, a lua está pálida e fria
Em algum lugar o relógio bate às doze, é meia-noite
Eu tive um sonho há muito tempo, visões de um dia
Havia inveja no céu, havia violência e havia o açoite
As areias do tempo sempre fluem, nunca irão parar
Sonhos esquecidos perdidos por dentro, já não sei
Escondi dos outros as lágrimas, não queria chorar
Sou quem sou, quem esperavam fosse, jamais serei
As perguntas não respondidas surgem subitamente
Caçado pela realidade, sinto no vazio minha mente
Os sentimentos são frios e tão sólidos como o aço
Daquele sol de sombras profundas, há só mormaço
Foram dois mil anos e, veja, o mundo não entendeu
Cada um deve cuidar da sua vida, da minha cuido eu