As poesias se parecem
Com granadas de amor e paz
Que se lançadas contra alguém
Mal não faz
Mas explodem as armaduras dos sentenciados
E a amargura dos abandonados
Armas que se usa quando tudo que resta é o desencanto
Num mundo que desconhece o canto do perdão
Que faz o ridículo da arma que mata
Mas acalma o coração dos que amam demais
Ou naqueles que a depressão foi o que restou
Armas que implodem o recanto onde se esconde a solidão
Para que ela não se albergue no peito de ninguém