A minha Alma ignota e agreste, sempre triste,
incapaz de procurar felicidade e alegria
nas demandas que vive, em que persiste,
deleita-se nos versos e na poesia ...
Traz consigo a treva obscura e densa
a profundeza da dor que se perpetua
eterna, prolongada, palpitante, extensa
e a vida que à sua volta continua ...
Eu sou angustia, desalento e mágoa
sou um espelho sem reflexo em parede fria
sou o rio por onde já não passa a água ...
Já não tenho uma familia de pertença!
E porque sou ignorado dia-a-dia
sou silêncio ... sou a treva obscura e densa.
Ricardo Maria Louro
Ricardo Maria Louro