cavas com os dedos
o gosto prometido
nesta ruina nova
dos sonhos
depois dos ontens
tão frescos
julgo que os ponteiros
nos apontam a inercia dos gestos
e reclamam os afetos embrulhados
esquecidos no cais da pele
o futuro é passado
num amor demasiado fermentado
de esperas
contudo ….
a maior estranheza deste “cair em pé “
é a esperança renovada e a vontade de te amar …
mesmo quando o firmamento
duplica a lonjura dos olhos
num eterno envelhecer de alma
mas…
o que esperamos ?
o que nos falta?
ou este prologo de um amor nosso
é só arquitetura poética
uma espécie de estética literária
e as palavras são ocas de boca
e as promessa salobras
apenas prometem o mar no deserto
meu Deus
…. um dos pecado do tempo… é deixar o tempo passar sem levar alguém a passear com ele …
“Acredito que o céu pode ser realidade, mas levarei flores para o pai - Erotides ”