Uma serenata à beira rio
Eu cantei ao meu amor
Eu me aquecia do frio
Com o coração em calor.
Os peixinhos vieram ouvir
Essa serenata encantada
As barbatanas a aplaudir
Em noite pelo luar prateada.
Tu estavas na outra margem
Mesmo juntinho ao choupal
Estavas, não era miragem
Via o teu rosto angelical.
E no trinar da guitarra
Um trinar que nos encanta
Eu era a tua cigarra
Trinando a minha garganta.
O Mondego deslizando
No seu leito de areia
E eu para ti cantando
Em noite de Lua cheia.
A. da fonseca