No céu púrpura dançam serafins entediados,
eu sorrio diante da esperança decomposta mais rápido que o esperado,
os vermes da decepção rondam os restos que ainda insistem em resistir,
vejo a ira de Deus nas chamas bruxuleantes do cremátório enquanto respiro sua fumaça contaminada
não tenho mais sonhos ou ambições comuns, o fim chegará da mesma forma para todos nós com mais dor do que podemos suportar,
sou mais um que caiu pelo orgulho sem arrependendimento até que as portas do paraíso não se abram.
Legiões não tem mais porcos, habitações humanas caem cegas no novo abismo,
mas lá em cima eles continuam a bailar,
pressinto o terror que aqui habita sem exorcismo ou ajuda ,
orações vazias que transformam se em merda nos lábios contorcidos do Padre
farão com que sua busca por prazer jorre sêmem imundo no corpo desfigurado de uma criança
em mais um dia de privação e medo.
A realidade transforma se em alucinações duvidosas,
por demais impressionantes mesmo para os mais acostumados,
a relatividade não subjuga o mal que está por toda parte,
enquanto mais almas gritam em minha cabeça redimindo se por si mesmas,
erguendo templos,
iconoclasta grito brandindo minha espada,
serei o primeiro a cair em prantos inconsolável novamente,
por mais que espere, a Morte não vem carregar em seu braços a promessa de descanso
saudoso alívio de antigamente, quando inconsciente depois de apanhar sangrando muito esquecia de existir.
Cada vez mais perto as asas espalhafatosas cortando o ar denso,de um lado para o outro
também sentem dor e revolta, mas os filhos Dele são impiedosos e sua sede é de ira
porque não tem permissão para amar,
no céu púrpura os anjos continuam a bailar
mas a minha cura não aparece,
quanto mais o tempo passa mais eu sofro
sem espaço para cicatrizes novas.