Diário Suicida
Vida amarga, tristeza que sufoca
Dor incessante disfarçada no sorriso
Olhar frágil, por trás daquela porta
Há quem pensa em sangrar
Ser inconstante, imprevisível
Mal do século, às vezes invisível
Quando presente, se faz distante
Quando ausente, só faz chorar
Sofrimento sem solução, tão forte
Que a morte é a melhor saída
Covardia com os que ficam
Mas no final não há como escapar
Início de mais uma estrofe
Final de mais uma linha
Diário de quem não tem sorte
Essência do que é a morte
Aguardo coragem para encerrar
Não fiquem triste
Sou egoísta, sem esperança
Me rendo ao cansaço
De escrever, sofrer
Espero que um dia vocês possam me perdoar.
C.H.A.F.