Poeta é como a fronteira de marasmos
Unção de carne e unha adornadas
Nas noites de rubor é como a fada
Que vem cinderelar mil espasmos...
Poeta é o vínculo dos ácidos
Dos loucos, que tanto amam solitários
Dos mascarados féis imaginários
Cunhando emoções, tenores plácidos
Poeta é o fingido que agoniza
Na gruta da aparência caducada
Sentindo prazer em ser crucificado
A cada verso que tanto dedilha
Poeta é a corrente de armadilha
Que prende nosso mais cruel pecado!
(Ledalge,in Outra Vez Poeta)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)