Se o canto que te canto soa breve
Talvez meu peito cante canto longo.
A culpa pode ser do sopro leve
Na busca da palavra sem ditongo.
No metro necessito da que serve
Ao apuro do verso que prolongo.
Assim será poética essa verve
Que será decassílabo oblongo.
Na busca insana perco a perfeição,
Expresso pouco o louco doce do ato
Da escrita que vai dentro do meu peito.
Mas é de sacrifício e de não
Que é feito meu soneto tão mal feito:
Eu busco o mais perfeito... Artesanato!
Gyl Ferrys