Poemas : 

Núcego…nó cego …nós cegos … num céu ...

 
 

a enxurrada
dilatada
dos vasos ...
expulsa a trúpia de lascas
exiladas da alma

e já não é gelo
e já não é mar
é uma arca
em pedaços
onde guardava
os vestígios
do nosso olhar

é nesta tempestade
que a imortalidade deste adeus
não estingue a força lenta
de um aceno

o que escuto não é bem o que oiço
bradam
dos teus lábios
o regresso
esperado dos braços

a verdade da realidade
talvez seja diferente
e do teu rosto
apenas
aflora um silêncio
acompanhado
de um sorriso
cerrado
como a noite
debaixo
dos
telhados





 
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Adeuses
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