a enxurrada
dilatada
dos vasos ...
expulsa a trúpia de lascas
exiladas da alma
e já não é gelo
e já não é mar
é uma arca
em pedaços
onde guardava
os vestígios
do nosso olhar
é nesta tempestade
que a imortalidade deste adeus
não estingue a força lenta
de um aceno
o que escuto não é bem o que oiço
bradam
dos teus lábios
o regresso
esperado dos braços
a verdade da realidade
talvez seja diferente
e do teu rosto
apenas
aflora um silêncio
acompanhado
de um sorriso
cerrado
como a noite
debaixo
dos
telhados