Porque aceitas infundado medo brilhar em ti
Será que ainda ignoras que meu reino é por ti
Porque permites que essa dúvida te assombre
Que estás no meu corpo, minha carne e ossos
Porque te concebe que eu possa estar distante
Se quando te ausentas o ar que resta é escasso
Que os meus olhos embaçam a cada despedida
Acaso não concebes a razão de minhas canções
Que é por tua causa a minha pertinaz rebeldia
Saberias, porventura, o peso das noites sem ti?
Que o dia só amanhece depois que te encontro
Deixa de lado as lembranças de todas ausências
Esquece as esperas, os céus negros de angustia
Estamos aqui na reconstrução do novo amanhã